quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Álcool na adolescência

Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro. Para essa reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, acham normal que eles bebam porque afinal todos bebem. Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo - a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo. Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana. Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem os usuários. Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.
(Dráuzio Varella)

Qual o comportamento que devemos ter com nossos filhos? o que devemos dizer a eles?  As informações encontram-se divididas por faixa etária e podem ser facilmente compreendida por todos.
Veja alguns itens importantes:

O que devemos dizer aos nossos filhos:
O que os pais dizem é tão importante quanto o que os pais fazem. O seu filho observa o que
você faz e ouve o que você diz.
O melhor é ir direto ao assunto:
• comece a falar com o seu filho sobre o álcool naturalmente, e do modo mais
simples possível;
• não use um tom autoritário e evite os sermões;
• seja claro e conciso. Explique os fatos inerentes ao consumo de álcool e suas conseqüências. Não o proteja excessivamente, mas também não o assuste.

Como dar apoio?
A melhor maneira de apoiar o seu filho é estar atento, ser carinhoso e demonstrar afeto. Digal he
sempre o quanto gosta dele, mesmo que tenha a certeza de que ele já sabe disso.
Lembre-se que os jovens que recebem bastante apoio familiar têm uma propensão menor para desenvolver o hábito de consumir álcool.
Caso você aceite que seu filho beba a partir dos 18 anos, previna-o para:
• comer enquanto beber;
• não beber o que estiver no copo de uma só vez;
• levar o tempo que for necessário para provar e saborear o que está bebendo.

Fale com o seu filho sobre as conseqüências do consumo abusivo de álcool para que ele possa evitar de:
• fazer coisas das quais se arrependerá mais tarde;
• perder o autocontrole;
• tornar-se violento entre os amigos ou irmãos;
• esquecer-se do que acontece;
• causar acidentes de trânsito;
• ter doenças graves;
• faltar às aulas e/ou ao emprego;
• perder a consciência